segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ORIGEM DO CARNAVAL



Carnaval é uma festa que tem origem na Grécia antiga, em meados dos anos 600 a 520 a.C..
Através dessa festa os gregos realizavam os seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. O Carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias nas ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps)e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.. Era um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com os seus costumes.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os baile de máscaras, com  ricas fantasias e  carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro inspiraram-se no Carnaval parisiense para implantar as suas novas festas carnavalescas.

 Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsínquia. O Carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o maior Carnaval do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos de rua da cidade. Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo.

Sobre a origem da palavra, não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que a palavra Carnaval deriva de "carne vale" (adeus carne!) ou de "carne levamen" (supressão da carne). Esta interpretação da origem etimológica da palavra leva-nos, indubitavelmente, para o início do período da Quaresma, uma pausa de 40 dias nos excessos cometidos durante o ano, excessos esses que incluem, segundo a religião católica, a alimentação. Assim, a Quaresma era, na sua origem, não apenas um período de reflexão espiritual como também uma época de privação de certos alimentos como a carne. Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de "currus navalis", expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval. Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da Primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma e, posteriormente, entre os Teutões.

Em Portugal existe uma grande tradição carnavalesca. Os mais importantes carnavais portugueses são o de Estarreja, da Madeira,Ovar,Loures (remonta a 1934 e tem o maior grupo de carnaval organizado do país, "Mastronças"), Podence, Loulé, Sesimbra, Sines, Elvas (chamado de Carnaval Internacional de Elvas) e Torres Vedras, que juntamente com o Carnaval de Canas de Senhorim é um dos mais antigos de Portugal. O carnaval de Canas de Senhorim tem perto de 400 anos e tradições únicas, como os Pizões, as Paneladas, Queima do Entrudo, e Despique entre outras.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

HISTÓRIA DO DIA DE S. VALENTIM


A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.

O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que tinha proibido o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar a celebrar casamentos, ele  casou-se secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele  apaixonou-se pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu-lhe uma mensagem de adeus, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data da sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimónio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados.
 A data foi adotada um século depois, nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day.

Na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).

Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa.

O dia de São Valentim era, até há algumas décadas, uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas, ao longo do século XX, o hábito estendeu-se a muitos outros países.